MARCELA BACCARINI PACÍFICO GRECO
Psicanalista em formação (IPSM-MG) | Psicóloga (Fumec) e Engenheira de Produção (UFMG) |
mbpacifico@gmail.com
Resumo: Este trabalho parte de um comentário feito por Lacan em 1978 para investigar como o discurso do mestre contemporâneo e suas incidências podem privilegiar apresentações sintomáticas que se aproximam daquelas de que se vale a neurose obsessiva. Trata-se de discutir como determinados aspectos dessa forma de organização subjetiva, que foram apontados por Freud e retomados por Lacan, podem ser cotejados com a fenomenologia dos novos sintomas provocados pela decadência da ordem simbólica. Por fim, objetiva-se, também, levantar uma questão sobre a direção do tratamento nesses casos.
Palavras-chave: Neurose obsessiva, discurso do mestre contemporâneo, novos sintomas.
OBSESSIONAL NEUROSIS: A CONTEMPORARY DIALET:
Abstract: Based on a Lacan’s comment made in 1978, this work investigates how the contemporary master discourse and its incidences can privilege symptoms that are close to those that obsessional neurosis presents. It discusses how certain aspects of this form of organization, pointed out by Freud and Lacan, can be compared with the phenomenology observed in new symptoms that are related to the decay of the symbolic order. Finally, it is also intended to raise a question about the direction of treatment in these cases.
Keywords: Obsessional neurosis, contemporary master discourse, new symptoms.
Enquanto as manifestações ruidosas que marcaram as histéricas de outrora não podem mais ser reconhecidas com frequência, os pensamentos obsedantes e atos compulsivos como os que atormentavam Ernst Lanzer parecem não ter perdido todo o seu espaço na clínica atual. Assim, as observações de Freud (1909) sobre o Homem dos Ratos ainda constituem o paradigma da neurose obsessiva.
E se, por isso, tem-se a impressão de ser esse um tema exaustivamente abordado, a razão de um retorno encontra-se, aqui, apoiada no conhecido comentário de Lacan de 1978: “Quero dizer, não é muito certo que a neurose histérica ainda exista, mas certamente existe uma neurose, isso é o que se chama neurose obsessiva”. Entre os que seguiram nessa direção, Gazzolla (2002) e Alvarenga (2019) afirmam que se trata mesmo da neurose contemporânea por excelência, resultado do declínio do pai e de sua potência na cultura. Da mesma forma, a indagação feita por Alvarenga (2019) sobre se haveria na contemporaneidade a tendência de a histeria se apresentar sob a forma da neurose obsessiva, enquanto dialeto, é tomada como mais um sinalizador da atualidade dessa discussão. Não parece anacrônico, portanto, retomar alguns aspectos que caracterizam essa organização subjetiva para compreender como e por que tal forma de apresentação da neurose se tornaria privilegiada na época do declínio da ordem simbólica.
Vale destacar que nos distanciamos de uma suposta interrogação sobre a prevalência da neurose obsessiva enquanto estrutura para nos aproximarmos da discussão sobre a apresentação de sintomas e estratégias que, como ressalta Cottet (2011), podem ser observados em outras estruturas e não são suficientes para fazer do sujeito um obsessivo. Trata-se de pensar como a relação que o sujeito estabelece com o discurso do mestre contemporâneo pode privilegiar apresentações sintomáticas que se aproximam daquelas de que se vale a neurose obsessiva.
O mestre contemporâneo e suas incidências
No Seminário 17, Lacan (1969-70/1992) faz referência à mutação no estatuto do discurso do mestre operada por certa modificação no lugar do saber, que lhe confere o estilo capitalista. A passagem do mestre antigo ao senhor moderno associa-se a uma “curiosa copulação com a ciência” e é apontada como aquilo que permite a manutenção e o sucesso desse discurso.
Nesse contexto, em que a palavra vira carniça, perdem força as instituições patriarcais e o valor universal do mestre, que se pulveriza através de representações de um Outro sem consistência. A decadência da ordem simbólica põe em xeque o valor da significação fálica, denunciando a dificuldade de subjetivação do falo enquanto significante capaz de orientar o sujeito pelo Outro. Com menos recursos para que o gozo possa ser metaforizado, a clínica contemporânea apresenta novos sintomas que, como indica Recalcati (2004), não manifestam o sujeito dividido, mas que se configuram pelo tratamento da divisão através do objeto. Em consonância, através de suas agências, o discurso capitalista trata de indicar e oferecer ao sujeito-gadget aquilo que lhe falta, provocando uma demanda desenganchada da dialética do desejo (RECALCATI, 2004).
Sem ter à disposição referências identificatórias ligadas ao ideal, os sujeitos tendem, como destaca Alvarenga (2019), a se identificar e coletivizar sob certos S1 que nomeiam modos de gozo e visam a tamponar o buraco da castração, impondo novas formas de compulsão que acabam se revelando como imperativo de gozo. Como consequência, caem as possibilidades de que as manifestações sintomáticas sejam reduzidas ao regime significante, ao que se associa o que Recalcati (2004) chamou de expulsão-anulação do sujeito do inconsciente.
A neurose obsessiva e suas estratégias
Como relembra Gazzolla (2002), as estratégias e sintomas obsessivos aparecem como resposta a impasses simbólicos relacionados a certa posição subjetiva. Tais impasses se organizam ao redor de operadores que foram valorizados por Lacan e que, em parte, já haviam sido destacados por Freud (1909/2013) no Homem dos Ratos.
Freud localiza que seu paciente padecia de um conflito psíquico que tentava conjugar amor objetal com a vontade do pai e ao qual se relacionavam desejos e impulsos contrários. O ódio inconsciente direcionado ao genitor e à dama venerada provocava desejos de morte e impulsos vingativos dos quais ele se defendia através de intensas recriminações e autopunição. Isso leva Freud a dizer que esses conflitos serviam como mola para suas construções obsessivas (FREUD, 1909/2013). Nesse caso, a dívida não saldada com o pai, o domínio da dúvida que paralisa o sujeito, a relação com a morte sempre à espreita, os mecanismos de substituição e deslocamento, o impulso de saber e até uma observação sobre a forma do paciente fazer suas orações são alguns dos aspectos encontrados no texto de Freud que contribuem para a compreensão da modalidade de gozo do sujeito obsessivo e da sua relação com o objeto, tal como Lacan trabalhou anos mais tarde.
Para Lacan, o que está colocado para todo neurótico é, fundamentalmente, uma questão sobre a existência aberta à medida que a criança falta a ser o falo da mãe. O drama subjetivo no qual o sujeito se engendra a partir daí exige uma resposta que só pode ser buscada no campo do Outro. No Seminário 5, Lacan (1957-58/1999) assinala que é aí onde deve ser descoberto, pelo sujeito, o desejo e sua formulação possível. Mas, uma vez que o falo é introduzido no conjunto de significantes, o Outro não deixa de ser, ele mesmo, marcado pelo desejo. Isso provoca dificuldades nas quais os sujeitos neuróticos claudicam já que, como Lacan (1960-61/2010, p. 273) assinala no Seminário 8, o desejo do Outro é um enigma “enlaçado com o fundamento estrutural da sua castração”.
A esse impasse, as estruturas produzem respostas diferentes. Enquanto a histérica vai buscar seu desejo no desejo do Outro, colocando ênfase na insatisfação e encontrando apoio na identificação com o outro imaginário, o obsessivo vai buscá-lo num além, visando ao desejo em sua constituição como tal mesmo que, através desse movimento, ele seja levado a almejar a destruição do Outro (LACAN, 1957-58/1999).
Empenhado nessa tarefa, sua relação com o outro é marcada por uma tendência de redução do desejo à demanda que fica, então, em posição de prevalência. Trata-se de uma manobra que tenta não só livrar o obsessivo do enigma sobre o desejo, mas lhe afastar do encontro com a falta-a-ser e que está representada no matema da fantasia obsessiva formulado por Lacan (1960-61/2010) como Ⱥ <> φ (a, a’, a’’, a’’’…). A fórmula expressa como o sujeito coloca o pequeno a em série e o acomoda sobre a medida do phi (φ) para oferecê-lo ao Outro barrado. Esse movimento relança o obsessivo ao circuito primitivo da demanda, característico do período pré-genital, em que o sujeito se dirigia ao Outro para a satisfação de suas necessidades. Essa elaboração é importante para compreender a oblatividade enquanto uma das estratégias do obsessivo diante do problema do desejo.
A noção de oblatividade enquanto mítica é criticada por Lacan reiteradas vezes. Desde o Seminário 4, ele aponta para o fracasso de tomá-la como auge da maturação genital afirmando que o reconhecimento do desejo como tal é impossível dada a hiância fundamental da sua articulação. Isso o leva a dizer que a oblatividade não está situada nesse nível e não passa de uma fantasia obsessiva (LACAN, 1957-58/1999). O verdadeiro campo do dom enquanto objeto destinado a satisfazer é, como ele desenvolve, o da dialética anal, de forma que o ‘tudo para o outro’ que marca essa fantasia se associa àquilo que caracteriza a demanda nesse estágio: os objetos (excrementícios) solicitados pelo Outro (LACAN, 1960-61/2010). Através dessas formulações, ele se esforça para demonstrar como a submissão à demanda do outro de forma altruísta equivale a não resolver o problema do desejo que, “literalmente, vai à merda” (LACAN, 1960-61/2010, p. 255).
Nesse ponto, não parece incabido relacionar essas estratégias obsessivas com a formulação de Recalcati (2004), segundo a qual a clínica dos novos sintomas seria configurada mais além do princípio do desejo. Ele chama a atenção para o estatuto contemporâneo da demanda que não se mantém em relação ao desejo, que não se orienta pelo que resta não satisfeito, mas que se guia pelo próprio objeto de gozo oferecido pelo discurso capitalista. Ora, se o obsessivo quer manter o desejo à distância, a ética do consumo parece não dificultar seu trabalho.
Da mesma forma, a oferta de objetos mercantilizados pela cultura, operada sob a lógica de que são descartáveis e precisam ser permanentemente renovados, também parece se acomodar à fantasia obsessiva. Isso porque a estratégia de seriar e falicizar os objetos oferecidos ao Outro envolve, como Lacan (1960-61/2010) indicou, uma relação metonímica com o objeto, de constantes substituições, promovendo, por consequência, um afrouxamento das relações objetais conforme já havia sido apontado por Freud (1926/2014).
Segundo Lacan (1960-61/2010), a falicização dos objetos se dá ao preço de uma degradação do significante falo (Φ) ao phi minúsculo (φ), já que deixar emergir o Φ na sua forma desvelada aponta para a presença do desejo, insuportável e de difícil manejo. É nesse sentido que Lacan afirma que o fundamento da relação do obsessivo com o objeto é menos a abolição do Outro e mais a rejeição dos signos do seu desejo. Ele assinala que tal anulação só pode ser feita a nível do significante e pode ser verificada no caráter verbal da própria estrutura dos seus sintomas. O que se anula é o próprio falo enquanto signo do desejo do Outro, golpeado no plano imaginário (LACAN, 1960-61/2010). Como resultado, o desejo do Outro, estruturalmente simbolizado e articulado pelo falo, é provido do sinal ‘não’ (d0), determinando o caráter de impossibilidade associado à sua manifestação para esse sujeito (LACAN, 1957-58/1999).
Porém, à medida que, com suas estratégias, o obsessivo tenta destruir os signos do desejo do Outro para não ter que se haver com a sua falta de resposta, é seu próprio desejo que, sem ponto de apoio, desaparece. Assim, através de um movimento contraditório e dialético, preservar a dimensão do Outro em perpétuo perigo de sucumbir, ou no mínimo isolar as partes do seu discurso que precisam ser conservadas, constitui visada preliminar no circuito do sujeito e que também só poderá ocorrer numa certa articulação significante. Isso se manifesta no obsessivo através dos seus sintomas: pedidos intermináveis de permissão, bem como, a colocação do seu desejo como proibido pelo Outro, deixam o sujeito em posição de dependência e servem, portanto, a restaurá-lo. No nível da relação com o outro, uma das vias escolhidas para se obter tal permissão são suas proezas. Sempre impossibilitado de gozar das férias a que teria direito por suas façanhas, o que está em jogo para o obsessivo é preservar o Outro, que testemunha e registra tudo isso (LACAN, 1957-58/1999).
Lacan (1957-58/1999) associou essas estratégias para reconstituição do Outro com as exigências do supereu, instância que já havia sido apontada por Freud (1926/2014) como tendo um importante papel na angústia dessa estrutura. No contemporâneo, o supereu também aparece em posição de comando, mas menos numa função de interdito e mais numa vertente de imperativo de gozo. Diante de uma ordem simbólica em declínio, o sujeito é impelido a gozar por intermédio dos objetos sob a promessa de que esses teriam o poder de preencher sua falta subjetiva e de desviá-lo do encontro com a castração. Isso não só é impossível como produz o que Brousse (2007, p. 4) apontou como “expansão das patologias ligadas ao supereu”.
Sob essa égide, localizam-se diversas formas de compulsão e sintomas que compõem a clínica da neurose atual e que aparecem mais como amarração do gozo do que como produção de sentido (ALVARENGA, 2019). Efeito da dificuldade de subjetivação do falo e, consequentemente, da capacidade de se orientar pelo Outro, essas manifestações se afastam do modelo de sintoma metafórico ancorado no significante e que podia ser decifrado em função das vivências do sujeito tal como Freud (1917/2014) descreveu em “O sentido dos sintomas”. Isso porque, como assinala Miller (1997), a produção do sentido na formação do sintoma pressupõe a tomada do Outro como interlocutor.
O advir do sujeito
Freud (1926/2014) deixa claro que, ainda que as neuroses histérica e obsessiva tomem o mesmo ponto de partida para formação dos seus sintomas, elas se distanciam quanto ao caminho percorrido. Ele já havia localizado que, no caso do sujeito obsessivo, observa-se uma tendência geral que prioriza a satisfação substitutiva, contando, para isso, com estratégias de anulação, isolamento, regressão e formações reativas (FREUD, 1926/2014).
Alvarenga (2019) destaca que esses mecanismos estão associados ao apego do sujeito à sua relação com a realidade, sustentando a ilusão de domínio consciente, de saúde aparente e constituindo “um fechamento em relação à dimensão transferencial do sujeito histérico” (p. 78). Quando a defesa logra, o que se observa é um rechaço do inconsciente que inibe o aparecimento de suas formações. Parece ser justamente nesse sentido que Freud (1926/2014) aponta para a dificuldade de o sujeito obsessivo obedecer à regra psicanalítica fundamental. Em função do mecanismo de isolamento que despoja uma vivência traumática de seu afeto e suprime suas relações associativas, o obsessivo fia-se a dirigir o curso do seu pensamento, procurando evitar conexões que levem àquilo que ameaça o Eu.
A dificuldade de consentir com a abertura do inconsciente associada a esses modos de defesa não parece distante do que Recalcati (2004) nomeou de expulsão-anulação do sujeito do inconsciente e que aparece na clínica contemporânea como efeito da relação com os discursos do capitalista e da ciência. Sem poder contar com um Outro capaz de interpretar e conferir sentido, são produzidos sintomas que não se reduzem ao regime significante e tendem a não manifestar a divisão subjetiva, privilegiando leituras orientadas pela cognição e comportamento.
Nesse contexto, alguns casos revelam como os sintomas contemporâneos engendrados ao discurso capitalista tentam negar a dimensão da verdade do sujeito inconsciente valendo-se de S1s nesse lugar. Nesse ponto, a oposição histeria-inconsciente e neurose-obsessiva-consciência, já apontada por Freud (1926) e ressaltada por Godoy e Schejtman (2011), parece ajudar a entender a prevalência dessa forma de dialeto da neurose associada à modificação no lugar do saber do mestre.
Essa perspectiva coloca em destaque a histerização do discurso como operação preliminar da clínica contemporânea, já que tal passagem, formulada por Lacan (1969-70/1992) como condicionante à entrada em análise, faz valer a dimensão de verdade do sintoma, submetendo a vontade de curar-se à vontade de saber. Se Alvarenga (2019) aponta que, no caso da neurose obsessiva, trata-se de perturbar as defesas para sintomatizar os traços de caráter que enrijecem e fecham o inconsciente em sua dimensão transferencial, parece ser possível ampliar essa direção para pensar que se trata de fazer advir o sujeito apagado pelo discurso do mestre contemporâneo, independentemente da sua estrutura. Dito de outro modo, se Lacan (1969-70/1992) apontou que o que resta depois dessa mutação do lugar da verdade é o ‘não saber o que se quer’ (posição do antigo senhor), destaca-se o dever ético do analista de fazer advir o sujeito movido pelo desejo de saber sobre aquilo que irrompe como algo que lhe diz respeito.
Referências Bibliográficas:
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