MÁRCIA MEZÊNCIO
Almanaque on-line está de cara nova! Mais vivo do que nunca, associa leveza e movimento ao seu projeto de transmitir e divulgar o trabalho que pulsa no Campo Freudiano e repercute no IPSMMG. Uma equipe renovada, cheia de energia e entusiasmo, se colocou a trabalho para aliar cor e imagem ao texto, objeto privilegiado até então. Resgatamos uma referência ao Almanaque impresso, que já mesclava ao escrito elementos visuais, então, aqueles clássicos do universo dos almanaques tradicionais, e introduzimos elementos tecnológicos contemporâneos. Esperamos que curtam e compartilhem!
Nessa edição vocês encontrarão uma entrevista com Rômulo Ferreira da Silva, que conta tudo sobre o VII ENAPOL. Antenado ao “Império das imagens”, Sérgio de Campos abre esse número especial, oferecendo-nos um ponto de vista orientador sobre as imagens a partir dos tempos, tomando três paradigmas, sendo que os dois primeiros se referem à teoria freudiana e o último, à segunda clínica de Lacan. Compondo a rubrica Trilhamento, ainda dois artigos nos situam na atualidade da clínica. Agnès Aflalo faz uma reflexão sobre a situação do antissemitismo hoje e Marie-Hélène Brousse nos apresenta a homossexualidade feminina como uma resposta, via modo de gozo, à falta-a-ser do sujeito e ainda a ser mais bem investigada clinicamente.
Uma amostra do trabalho realizado pelos núcleos de pesquisa pode ser encontrada em Incursões. Imagem, imaginário, invenção, corpo são os temas discutidos nos artigos de Patrícia Ribeiro e Alessandra Rocha, de Frederico Feu de Carvalho, de Suzana Faleiro Barroso, de Cristiana Pittella de Mattos e Margaret Pires do Couto, que tratam ainda da incidência na clínica da criança e da psicose e nas instituições.
A clínica e a instituição escolar mobilizou a Conversação que se faz presente em Encontros. Os artigos de Paula Pimenta e Márcia Mezêncio trazem uma reflexão sobre os diagnósticos de autismo (Síndrome de Asperger) e psicose infantil, e sobre os efeitos da medicalização e da judicialização no campo da educação, em detrimento da escuta e do sujeito.
Por fim, em De uma nova geração, confira os excelentes trabalhos de Victor Thiago Aguiar, que pretende explorar as possíveis relações de convergência e divergência entre alucinações e falas impostas; e de Fayga Paim, que busca discutir a função do escrito, ou se existe algo que não se pode ler em uma análise.
Desejo-lhes uma ótima leitura!